sábado, 4 de outubro de 2008

Lady Girls e seus Spitfires

As muitas mulheres sobreviventes que voaram os Spitfires como integrantes do Auxiliares de Transporte Aéreo (ATA), durante a Segunda Guerra Mundial, agora serão homenageadas com uma menção honrosa. Se elas não tivessem tido a coragem de entregar as aeronaves a base de RAF, a seus compatriotas,a batalha da Grã Bretanha nunca teria acontecido.Em meados-1942, quando a produção de aviões britânicos atingiu o seu pico, a ATA movimentou mais aviões do que a British Airways fez em um dia de 2006.As mulheres voaram o que lhes foi dado no dia , muitas fizeram um ground no checklist de partida. Muitas não tinham a formação para voarem instrumentos básicos, o que significa que muitas morreram em missão.Atualmente, existem quinze ou dezesseis mulheres ainda vivas dessa época, elas devem estar com 80 a 90 anos, Nigel Griffiths, depois de ter lido "Spitfire Mulheres da II Guerra Mundial" escrito pelo jornalista do Times, Giles Whittell, afirmou: "Estas mulheres estão esquecidas e merecem muitas homenagens".Margaret Frost, 87 vive agora em Gales, odiava altura - depois da guerra ainda passou três anos voando a aeronave. Ela parabenizou-o com a sugestão de uma condecoração para ela e suas colegas: "Eu tinha 23 anos, quando me juntei a ATA. Tinha 1,5 cm a menos da altura exigida, mas eu fui aceita. Tinhamos que voar os Spitfires sem qualquer sistema de rádio, e a única maneira de poder encontrar e pousar numa base aérea era quando alguém nos sinalizava da pista com um luz verde ao invés da luz vermelha. Eu sempre odiei alturas mas voar o spitfire era diferente, ele era lindo. Eu nunca voei acima de 2000ft, tenho tantas recordações desse tempo, mas relembrar é cansativo. Eu tive sorte, porque o clima foi favorável para mim, mas houve outras - quinze delas - que perderam suas vidas voando em más condições meteorológicas ".O mais famoso membro feminino da ATA, foi Amy Johnson, a primeira mulher a voar solo da Inglaterra para a Austrália em 1930, um vôo de 11000 milhas. Ela ingressou na ATA em 1940 e chegou a primeiro oficial. Em Janeiro de 1941, voando um Airspeed Oxford de Blackpool para RAF Kidlington em Oxfordshire, foi pega pelo mau tempo , e perdeu os dois tanques de combustivel em vôo.Ela saltou de páraquedas mas pousou no rio Thames Estuary e morreu afogada. Foram feitas várias tentativas para resgatar seu corpo porém nunca foi encontrado.A sociedade hoje, pergunta-se: Porque essas mulheres pilotos tão fantásticas não voaram em combate, ao invés de mandar homens meio formados para morrerem ? Giles Whittell fez essa pergunta a formidável Lettice Curtis, agora com idade mais ou menos de 90 anos . Ela arregalou seus olhos e respondeu: "Não houve motivo, e não se tratava de uma questão . Simplesmente aconteceu. " Mas ela pediu, em seguida, a um alto funcionário do sexo masculino da força aérea, se poderia responder, mas o oficial respondeu que ele não tinha a menor dúvida que Curtis teria sido uma fantástica piloto de combate .Nigel Griffiths, cujo pai voou Mosquito caças bombardeiros na guerra, foi considerado pelo primeiro minitro do Reino Unido, como um grande incentivador das mulheres piloto e esta apoiando a sua campanha para que essas mulheres sejam sempre lembradas. E desde o ano passada essas "meninas" estam recebendo a justa homenagem através do projeto " Land Girls da Segunda Guerra Mundial".

Ana Mercante - Aviadoras

Nenhum comentário: